A pressão intraocular (PIO) elevada é um fator de risco importante para o desenvolvimento de diversas doenças oculares, como o glaucoma, que pode levar à perda progressiva da visão.
Manter esse índice dentro de níveis saudáveis é essencial para preservar a saúde dos olhos e evitar danos irreversíveis à estruturas fundamentais, como o nervo óptico.
Neste artigo, você vai descobrir o que é a pressão intraocular, quais fatores influenciam seus níveis e as principais formas de controle para manter a pressão ocular equilibrada.
O que é a pressão intraocular e por que é importante controlá-la?
A pressão intraocular (PIO) é a medida da força exercida pelo humor aquoso, — um líquido transparente que está localizado no interior do olho — contra as paredes internas do globo ocular.
Esse fluido é constantemente produzido e drenado para manter a estrutura do olho saudável. No entanto, quando há um desequilíbrio entre a produção e a drenagem desse líquido, a pressão intraocular pode aumentar, causando danos ao nervo óptico e colocando em risco a visão.
Imagine um pneu de bicicleta inflado corretamente: ele mantém sua forma e funciona bem. No entanto, se for calibrado além do necessário, a pressão excessiva pode danificar a estrutura do pneu.
Da mesma forma, a alta pressão dentro do olho pode comprometer as fibras nervosas responsáveis pela visão e levar a uma perda visual progressiva e irreversível.
A pressão intraocular elevada nem sempre apresenta sintomas em seu início, o que torna o acompanhamento oftalmológico fundamental para evitar complicações, como o glaucoma, que pode causar cegueira se não for tratado adequadamente.
Veja também: Visão periférica: o que pode causar a perda
Principais fatores que influenciam a pressão intraocular
Diversos fatores podem contribuir para o aumento da pressão dentro dos olhos. Alguns deles são controláveis, enquanto outros exigem um acompanhamento médico mais rigoroso.
As principais causas do problema são:
- Predisposição genética: Pessoas com histórico familiar de glaucoma têm maior risco de desenvolver pressão intraocular elevada. Ainda que não seja possível alterar a genética, exames regulares ajudam na detecção precoce.
- Idade: Com o envelhecimento, a drenagem do humor aquoso pode se tornar menos eficiente, elevando a pressão intraocular. Por isso, o monitoramento oftalmológico regular é essencial a partir dos 40 anos.
- Doenças oculares: Algumas condições, como uveíte (inflamação ocular) e traumas, podem prejudicar a regulação da pressão intraocular. O tratamento adequado dessas doenças reduz o risco de elevação da PIO.
- Uso de medicamentos: Certos remédios, como os corticosteroides, principalmente em colírios, podem elevar a pressão dentro dos olhos.
- Estilo de vida: Fatores como sedentarismo, dieta rica em sódio e cafeína em excesso podem impactar a saúde ocular. Ajustes na alimentação e na rotina de exercícios podem ajudar a manter a pressão ocular equilibrada.
Uso de colírios para reduzir a pressão intraocular
Os colírios são o principal tratamento inicial para controlar a pressão intraocular, pois ajudam a reduzir a produção de humor aquoso ou a aumentar sua drenagem, evitando danos ao nervo óptico.
Alguns exemplos disso são os colírios betabloqueadores, como o Timolol, e os inibidores da anidrase carbônica, como o Dorzolamida, que reduzem a produção de humor aquoso dentro do olho.
Por outro lado, colírios como os análogos de prostaglandinas (Latanoprosta) são utilizados para aumentar a drenagem do líquido ocular.
Já os agonistas alfa-adrenérgicos, como a Brimonidina, são capazes de atuar no controle da produção e aumento da drenagem do humor aquoso.
É importante ressaltar que o uso de colírios deve ser acompanhado por um oftalmologista, pois cada paciente pode responder de forma diferente ao tratamento. Além disso, o uso incorreto do medicamento pode comprometer a eficácia do plano terapêutico e causar possíveis efeitos colaterais.
Veja também: Colírios vencidos: quais os riscos de usar?
Mudanças no estilo de vida que ajudam a manter a pressão ocular equilibrada

Além do tratamento medicamentoso, algumas mudanças no estilo de vida podem auxiliar no controle da pressão intraocular. Confira algumas dicas úteis nesse sentido:
Alimentação balanceada
Uma dieta rica em antioxidantes, ômega-3 e vitaminas A, C e E ajuda a fortalecer os olhos e melhorar a circulação ocular. Alimentos como peixes, vegetais verde-escuros e frutas cítricas são aliados na saúde dos olhos.
Hidratação adequada
Beber água regularmente ajuda a manter o equilíbrio dos fluidos oculares, incluindo o humor aquoso, o que ajuda a manter a pressão dentro dos olhos equilibrada.
Redução do consumo de cafeína
Estudos indicam que o consumo elevado de café e bebidas energéticas pode causar picos temporários na PIO. Moderar a ingestão desse tipo de bebida ajuda a evitar oscilações na pressão ocular.
Controle do estresse e prática de exercícios físicos
Atividades como yoga e meditação ajudam a reduzir o estresse, que pode impactar a circulação ocular. A realização de exercícios físicos regulares também melhora a circulação sanguínea e auxilia na manutenção da pressão intraocular.
Exames oftalmológicos regulares e diagnóstico precoce
A pressão intraocular elevada geralmente não apresenta sintomas no início. No entanto, a detecção precoce da condição é essencial para prevenir danos à visão.
Por isso, a realização de exames oftalmológicos regulares permite monitorar a PIO e identificar possíveis alterações antes que causem problemas mais graves.
Os principais exames utilizados para essa finalidade são:
- Tonometria: Mede a pressão dentro do olho, sendo o exame mais recomendado para detectar a PIO elevada.
- Campimetria: Avalia o campo de visão para identificar possíveis danos ao nervo óptico.
- OCT (Tomografia de Coerência Óptica): Examina as camadas do nervo óptico para detectar sinais precoces de glaucoma.
A recomendação é que pessoas acima de 40 anos realizem exames oftalmológicos anuais, especialmente se houver histórico familiar de glaucoma, a fim de detectar e tratar problemas antes que causem danos irreversíveis à visão.
Veja também: Exames de vista: quais são e o que detectam
Quando o tratamento cirúrgico pode ser necessário?
Em alguns casos, colírios e mudanças no estilo de vida não são suficientes para controlar a pressão intraocular, o que torna necessário recorrer a procedimentos cirúrgicos.
Entre as opções mais utilizadas, estão o tratamento a laser, como a trabeculoplastia, que ajuda a melhorar a drenagem do humor aquoso e reduzir a pressão no olho. Esse é um método minimamente invasivo, indicado para casos moderados.
Também é possível realizar uma cirurgia filtrante, chamada de trabeculectomia, onde se cria uma nova via de drenagem para o humor aquoso, sendo indicada para casos mais graves de glaucoma.
Outra opção é um implante de dispositivos de drenagem, quando pequenos tubos são inseridos no olho para ajudar na eliminação do fluido ocular a fim de reduzir a pressão intraocular de forma contínua.
Normalmente, esses procedimentos são indicados para casos mais graves ou quando há risco iminente de dano ao nervo óptico.
No entanto, o oftalmologista avaliará a necessidade da cirurgia com base no histórico do paciente e na resposta aos tratamentos convencionais.
Como vimos no artigo, controlar a pressão intraocular elevada é essencial para preservar a saúde ocular e evitar complicações graves, como o glaucoma.
O uso correto de colírios, mudanças no estilo de vida e exames oftalmológicos regulares são as principais estratégias para prevenir o aumento desse problema e evitar danos permanentes à visão.
Se você tem fatores de risco para pressão intraocular elevada, consulte um oftalmologista e faça os exames solicitados para garantir a saúde dos seus olhos.
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