Conjuntivite alérgica: o que é, sintomas, causas, tipos e como tratar

Conjuntivite alérgica é uma inflamação ocular causada por reações alérgicas a substâncias como pólen, poeira, pelos de animais ou produtos químicos. Essa condição provoca sintomas como coceira intensa, vermelhidão, lacrimejamento e inchaço nas pálpebras.

Ao contrário de outras conjuntivites, não é contagiosa, mas pode impactar seriamente a qualidade de vida, especialmente em quem já sofre de alergias respiratórias.

Neste guia completo, você vai entender o que é a conjuntivite alérgica, quais são suas causas, sintomas, tipos mais comuns, como tratar corretamente e o que fazer para prevenir novas crises.

Continue lendo e tire todas as suas dúvidas sobre o tema.

O que é conjuntivite alérgica?

A conjuntivite alérgica é provocada pela reação alérgica a substâncias como pólen, ácaros, pelos de animais, mofo, produtos químicos ou cosméticos. 

Isso acontece porque o sistema imunológico, ao detectar esse tipo de material como ameaça, libera histaminas e outros compostos químicos que desencadeiam a inflamação.

Esta é a manifestação mais simples da conjuntivite, porém não menos preocupante, pois cerca de 20% das pessoas apresentam algum grau de conjuntivite alérgica.

Os principais agentes causadores de crises alérgicas que podem desencadear um quadro de conjuntivite são:

  • pólen;
  • poeira;
  • pelos de animais;
  • fungos;
  • lentes de contato ou óculos de outra pessoa;
  • cloro de piscina;
  • poluição do ar;
  • fumaça;
  • látex;
  • medicamentos;
  • maquiagem (especialmente produtos fora da validade);
  • alimentos (amendoim, frutos do mar, leite, nozes, soja, entre outros), 
  • ácaro;
  • cola para cílios postiços.

Além disso, a conjuntivite alérgica costuma ser mais frequente na primavera — já que nessa estação as quantidades de pólen no ar aumentam bastante — e também nos meses em que o tempo está mais seco, devido ao crescente acúmulo de partículas alergênicas na atmosfera.

Existem pelo menos 4 tipos diferentes de conjuntivite alérgica. Veja as características de cada uma:

Conjuntivite alérgica sazonal

Também conhecida como febre do feno, a conjuntivite alérgica sazonal é provocada por alérgenos presentes no ar durante certas épocas do ano, como o pólen de plantas, árvores e flores, que são mais comuns na primavera e no início do verão.

Conjuntivite alérgica perene

Diferente da sazonal, a conjuntivite alérgica perene geralmente ocorre durante todo o ano. Na maioria das vezes, o problema é causado devido a alergia de substâncias presentes em ambientes fechados, como ácaros, poeira, pelos de animais e mofo.

Conjuntivite primaveril ou vernal

A ceratoconjuntivite primaveril, também chamada de ceratoconjuntivite vernal, é a forma mais grave de conjuntivite alérgica sazonal. A condição é caracterizada por uma inflamação crônica da conjuntiva e da córnea, o que leva a sintomas intensos como coceira, lacrimejamento excessivo, sensibilidade à luz e visão borrada.

Além disso, a doença pode causar lesões na córnea e complicações a longo prazo se não forem tratados adequadamente. É mais frequente em meninos entre 5 e 20 anos que sofrem de eczema, asma ou alergia sazonal.  

Ceratoconjuntivite atópica

A ceratoconjuntivite atópica é um tipo de conjuntivite alérgica que está associado à inflamações de pele, como dermatite atópica. Pode ocorrer em conjunto com sintomas de alergia em outras partes do corpo.

Além dos principais tipos citados acima, a conjuntivite papilar gigante também é alérgica e surge devido ao uso prolongado de lentes de contato ou próteses oculares.

Veja também: Terçol: sintomas, causas e tratamentos

Sintomas da conjuntivite alérgica

Sintomas da conjuntivite alérgica

Os principais sintomas da conjuntivite alérgica incluem:

  • Coceira intensa nos olhos;
  • Vermelhidão e irritação ocular;
  • Lacrimejamento constante;
  • Sensação de areia ou corpo estranho nos olhos;
  • Inchaço das pálpebras;
  • Olhos inchados ao acordar;
  • Sensibilidade à luz (fotofobia), que causa desconforto em ambientes muito claros ou sob luz solar direta.

Pessoas com conjuntivite alérgica geralmente apresentam maior sensibilidade à luz, uma condição chamada fotofobia.

Por isso, é comum sentirem desconforto ao ficar em locais muito iluminados ou expostos à luz solar intensa. Essa reação ocorre devido à inflamação da conjuntiva — a membrana que reveste a parte interna das pálpebras e a superfície do olho — que deixa os olhos mais sensíveis e irritados.

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Diagnóstico conjuntivite alérgica

O diagnóstico é feito pelo oftalmologista, que avalia o histórico clínico do paciente e realiza um exame ocular detalhado.

A identificação de padrões de exposição a alérgenos, como pólen ou poeira, ajuda a confirmar a causa da inflamação.

Em casos mais complexos, testes específicos, como exames de sangue ou análise de amostras da conjuntiva, podem ser necessários para determinar o alérgeno responsável.

Tratamento conjuntivite alérgica

O tratamento foca em reduzir o contato com alérgenos e controlar os sintomas com medicamentos. Colírios antialérgicos, como estabilizadores de mastócitos e anti-histamínicos, são comumente usados para aliviar a coceira e o inchaço.

Nos casos mais graves, o médico pode prescrever corticosteroides tópicos para reduzir a inflamação, sempre com acompanhamento profissional. Além disso, compressas frias podem oferecer alívio imediato.

Medidas preventivas, como manter o ambiente limpo e evitar locais com alta concentração de alérgenos, são fundamentais para reduzir crises futuras. Em casos persistentes, a imunoterapia pode ser uma solução a longo prazo.

Conjuntivite alérgica e bacteriana: quais as diferenças?

Conjuntivite alérgica e bacteriana: quais as diferenças?

A conjuntivite bacteriana é uma outra forma muito comum de conjuntivite. Mas, nesse caso, a inflamação da conjuntiva é causada pela infecção por diversas bactérias, como Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae, Moraxella catarrhalis, Staphylococcus aureus ou Pseudomonas aeruginosa.

Diferente da versão alérgica, a conjuntivite bacteriana é altamente contagiosa, já que a doença pode se espalhar com facilidade no momento em que alguém encosta a mão em um lugar contaminado e leva aos olhos.

Além disso, a versão bacteriana costuma atingir apenas um olho — ainda que o outro olho possa ser contaminado caso haja contato com a mão infectada. Já o tipo alérgico, como dito acima, afeta os dois olhos simultaneamente.

Outra diferença importante entre a conjuntivite alérgica e a bacteriana é o tratamento. Na inflamação causada por bactérias, o objetivo do tratamento é combater o agente causador do problema, o que geralmente é feito por meio do uso de antibióticos em forma de colírios ou pomadas recomendado pelo oftalmologista. Nestes casos, a duração média do quadro de infecção costuma ser de uma semana.

Já na conjuntivite alérgica, medicamentos antialérgicos são usados para prevenir ou combater os quadros de alergia ocular. Além disso, é fundamental suspender imediatamente o uso de lentes de contato ao menor sinal de irritação nos olhos.

Vale a pena ressaltar que, assim como as crises alérgicas, a conjuntivite oriunda de substâncias que causam alergia também costumam ser recorrentes.

Dessa forma, se a condição se tornar crônica e não houver o devido cuidado preventivo, a inflamação da conjuntiva pode causar problemas mais graves, como opacificação da córnea, diminuição da capacidade da visão e até mesmo cegueira.

Por isso, é muito importante fazer consultas regulares com um oftalmologista, que poderá realizar o diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado para cada caso.

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