Miopia infantil pode piorar com o tempo? O que pais precisam saber sobre o futuro da visão dos filhos

Miopia infantil pode piorar com o tempo?

A miopia infantil tem se tornado uma preocupação crescente entre pais e profissionais de saúde ocular em todo o mundo. 

Além de afetar a capacidade de ver objetos à distância, essa é uma condição que pode se agravar com o tempo se não for acompanhada corretamente. Por isso, exige atenção especial durante os anos de desenvolvimento da criança.

Neste artigo, você vai entender por que a miopia infantil tem se tornado tão frequente, como reconhecer os primeiros sinais, o que pode causar sua progressão e quais estratégias estão disponíveis para controlar esse avanço.

Acompanhe!

Miopia em crianças está crescendo no mundo todo

A miopia, também conhecida como “visão curta”, é um distúrbio refrativo que dificulta enxergar de longe com nitidez. Nas últimas décadas, sua incidência em crianças aumentou de forma alarmante em várias partes do mundo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que até 2050 metade da população mundial terá algum grau de miopia, sendo que grande parte dos casos se desenvolverá ainda na infância.

Diversos fatores explicam essa crescente epidemia de miopia infantil, e as “facilidades” criadas pelos recentes avanços tecnológicos têm grande responsabilidade nisso.

Um dos principais motivos para o aumento da miopia em crianças é o uso excessivo de telas, pois o tempo prolongado em celulares, tablets e computadores favorece o esforço visual de perto.

Como consequência das telas, as crianças brincam menos fora de casa, e diversos estudos mostram que a exposição à luz natural por ao menos 2 horas diárias tem efeito protetor contra a miopia. Como isso tem acontecido cada vez menos, aumenta-se o risco de desenvolver o problema.

A falta de pausas visuais, combinada com má iluminação e postura inadequada, também podem contribuir para o surgimento da miopia.

Além disso, há uma questão genética. Filhos de pais míopes têm mais chance de desenvolver esse quadro, e quando ambos os pais são míopes, o risco aumenta de maneira significativa.

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Miopia em crianças está crescendo no mundo todo

Como identificar os primeiros sinais

Muitos pais só percebem que a criança tem alguma dificuldade visual quando os sintomas já estão interferindo na aprendizagem e nas atividades diárias. 

Por isso, é fundamental estar atento a sinais comportamentais sutis que podem indicar a presença da miopia, como:

  • Sentar muito perto da televisão ou da tela do computador;
  • Dificuldade para enxergar o quadro na escola;
  • Apertar os olhos para tentar focar objetos distantes;
  • Lacrimejamento ou incômodo ao tentar ver de longe;
  • Inclinar muito a cabeça para ler ou escrever;
  • Esbarrar com frequência em objetos por não notar obstáculos à distância;
  • Reclamações frequentes de dor de cabeça ou cansaço ocular.

Ao notar qualquer um desses comportamentos, os pais devem buscar uma avaliação oftalmológica o quanto antes. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maior é a chance de controle e prevenção de agravamentos.

Por que a miopia pode piorar com o tempo?

Uma das características mais preocupantes da miopia é seu potencial de progressão, principalmente durante a infância e adolescência, período em que o globo ocular ainda está em desenvolvimento. 

O problema acontece porque o olho cresce mais do que o normal, alongando-se e fazendo com que a imagem se forme antes da retina, o que provoca visão embaçada à distância.

Entre os principais fatores que influenciam a progressão da miopia, estão:

Idade de início

Quanto mais cedo a miopia aparece, maiores as chances de progressão acentuada. Casos que se iniciam aos 6 ou 7 anos podem evoluir rapidamente até a adolescência.

Tempo de tela diário 

Passar muitas horas em frente a telas, sem os devidos intervalos, favorece o alongamento do globo ocular, que é a base do desenvolvimento da miopia.

Fatores genéticos

Como dissemos anteriormente, crianças que possuem pais míopes têm maior probabilidade de desenvolver a doença  além de mais riscos de progressão rápida.

Pouca exposição à luz natural

O ambiente fechado e artificial reduz a produção de dopamina ocular, substância que ajuda a inibir o crescimento axial do olho.

É importante mencionar que se não for acompanhada e controlada, a miopia pode evoluir para miopia alta (acima de -6 graus), o que aumenta o risco de complicações como descolamento de retina, glaucoma, catarata precoce e degenerações maculares.

Exames oftalmológicos na infância: quando começar?

O acompanhamento oftalmológico é uma das ferramentas mais importantes para detectar e controlar a miopia infantil. 

Infelizmente, muitos pais só levam a criança ao oftalmologista quando ela já apresenta sintomas evidentes. Veja as recomendações gerais para consultas e exames:

  • Primeiro exame: deve ser feito até o primeiro ano de vida, preferencialmente entre 6 e 12 meses, para avaliar o desenvolvimento ocular.
  • Segunda avaliação: entre 2 e 3 anos, antes de iniciar a vida escolar.
  • A partir dos 4 anos: recomenda-se consultas anuais, especialmente se houver histórico familiar ou sinais de dificuldade visual.
  • Com o diagnóstico de miopia: o acompanhamento deve ser mais frequente, a cada 6 meses, para avaliar a progressão e ajustar o tratamento.

Os exames nessa fase incluem avaliação da acuidade visual, refração ocular (grau), saúde da retina, e teste de motilidade ocular (movimentos dos olhos).

Novas estratégias para controlar a progressão da miopia

Com o aumento da miopia infantil, a ciência e a oftalmologia desenvolveram métodos eficazes não só para corrigir, mas também para tentar frear o avanço da doença. 

Hoje já existem métodos seguros e respaldados por estudos científicos que auxiliam no controle da condição, como:

  • Uso de colírios de atropina em baixa concentração: prescrito pelo oftalmologista, esse colírio tem se mostrado eficaz na redução da progressão da miopia em crianças, especialmente em doses entre 0,01% a 0,05%.
  • Óculos especiais para controle da miopia: lentes com design específico que desfocam ligeiramente a periferia da retina e ajudam a desacelerar o alongamento do olho.
  • Lentes de contato ortoceratológicas (ortho-k): lentes rígidas usadas durante a noite, que remodelam temporariamente a córnea. Além de dispensar o uso de óculos durante o dia, ajudam a reduzir a progressão.
  • Controle do ambiente visual: estabelecer rotinas com pausas visuais, iluminação adequada e estímulo a atividades de longe é fundamental para apoiar qualquer tratamento escolhido.

Essas estratégias não eliminam a miopia, mas se mostram eficazes em reduzir bastante sua progressão. O acompanhamento com um oftalmologista especializado em visão infantil é essencial para avaliar qual abordagem é mais adequada para cada criança.

O papel da família nos cuidados diários com a visão

Além do acompanhamento médico e das intervenções terapêuticas, a atitude da família no dia a dia tem um peso fundamental na saúde ocular infantil. 

Muitos hábitos podem ser incorporados à rotina para proteger os olhos em desenvolvimento e reduzir os fatores de risco. Veja:

  • Incentive atividades ao ar livre todos os dias, como caminhadas, brincadeiras em parques e esportes, que são benéficos para os olhos.
  • Estabeleça limites para o uso de telas a fim de evitar a exposição prolongada em celulares, videogames e tablets, principalmente sem pausas.
  • Mantenha uma boa iluminação durante as tarefas escolares e leitura, pois a luz adequada reduz o esforço visual.
  • Ajuste a ergonomia do local de estudo para a criança manter uma postura correta e haver distância entre os olhos e o material de leitura ou tela.
  • Zele por uma rotina de sono regular, pois o descanso adequado ajuda na recuperação ocular e no equilíbrio hormonal.
  • Fale abertamente com os filhos sobre visão, escute suas queixas, respeite suas dificuldades e inclua a saúde ocular como parte do cuidado geral da criança.

Com atenção, informação e acompanhamento, é possível minimizar os impactos da miopia e garantir um desenvolvimento visual mais saudável.

A miopia infantil não é apenas um problema temporário de visão: ela pode evoluir rapidamente e causar complicações se não for monitorada com responsabilidade. 

O aumento expressivo dessa condição no mundo exige que pais estejam atentos aos sinais precoces, realizem exames oftalmológicos regulares e adotem estratégias eficazes para conter a progressão.

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