O astigmatismo é um problema ocular muito comum que afeta a córnea e torna a visão embaçada tanto de perto quanto de longe.
Apesar de ser uma condição tratável e, na maioria dos casos, facilmente corrigida com o uso de óculos, lentes de contato ou cirurgias refrativas, ainda existem muitas dúvidas e preocupações em torno do tema, especialmente quando se fala sobre a possibilidade de o astigmatismo levar à cegueira.
Neste artigo, você vai entender o que é o astigmatismo, quais são seus riscos, como ele afeta a visão e quais cuidados são indispensáveis para preservar a saúde ocular.
Acompanhe!
O que é astigmatismo e como ele afeta a visão
O astigmatismo é um erro refrativo que ocorre quando a curvatura da córnea (a camada transparente na parte frontal do olho) ou, em alguns casos, do cristalino (a lente interna) é irregular.
Em vez de serem perfeitamente arredondadas como uma esfera, essas estruturas apresentam uma forma mais ovalada, semelhante a uma bola de futebol americano.
Essa irregularidade faz com que os raios de luz não se concentrem em um único ponto na retina, o que resulta em uma visão embaçada ou distorcida, tanto para objetos próximos quanto distantes.
Pessoas com astigmatismo costumam relatar que as letras e linhas parecem borradas ou duplicadas, há dificuldade para enxergar claramente de noite e sentem dores oculares e desconforto após leitura prolongada ou uso de telas.
O astigmatismo pode estar presente desde o nascimento (congênito) ou se desenvolver ao longo da vida, geralmente em associação com miopia (dificuldade de enxergar de longe) ou hipermetropia (dificuldade de enxergar de perto).

Astigmatismo sozinho causa cegueira?
Uma das dúvidas mais frequentes nos consultórios oftalmológicos é se o astigmatismo pode causar cegueira. A resposta é não — o astigmatismo, por si só, não causa perda total da visão.
No entanto, a falta de correção ou acompanhamento adequado pode gerar desconfortos e agravar outros problemas oculares. Abaixo, listamos alguns mitos e verdades sobre essa questão:
Mitos e verdades sobre o astigmatismo e a cegueira
- ❌ Mito: “Astigmatismo pode cegar com o tempo.”
👉 O astigmatismo não causa cegueira. Ele apenas distorce a visão, e o grau pode variar com o tempo, mas não leva à perda completa da visão. - ✅ Verdade: “O astigmatismo precisa ser tratado para evitar complicações.”
👉 Mesmo que não leve à cegueira, o astigmatismo não tratado pode causar sintomas incômodos, como fadiga ocular e dores de cabeça, além de reduzir a qualidade de vida. - ❌ Mito: “Usar óculos piora o astigmatismo.”
👉 O uso de óculos ou lentes não piora o grau; ao contrário, garante conforto visual e evita que o cérebro se acostume a uma visão distorcida. - ✅ Verdade: “Astigmatismo pode coexistir com doenças graves que causam cegueira.”
👉 Em alguns casos, o astigmatismo é um sintoma secundário de condições como ceratocone, uma doença que afina a córnea e pode levar à perda visual se não for tratada. - ❌ Mito: “A cirurgia a laser é perigosa e pode deixar cego.”
👉 As cirurgias refrativas modernas, quando bem indicadas e realizadas por especialistas, são seguras e eficazes. Complicações graves são raras.
Complicações associadas se não tratado
Quando o astigmatismo não é diagnosticado ou tratado corretamente, ele pode causar diversos sintomas secundários que impactam o desempenho diário, o bem-estar e até o rendimento escolar ou profissional.
Entre as complicações mais comuns estão:
Fadiga ocular (astenopia)
O olho com astigmatismo precisa fazer um esforço maior para tentar ajustar o foco, o que causa cansaço visual, sensação de ardência e visão turva ao longo do dia.
Dores de cabeça e desconforto visual
O esforço ocular constante para compensar o erro refrativo pode resultar em cefaleias tensionais, geralmente na região frontal ou ao redor dos olhos.
Baixa acuidade visual e perda de foco
O astigmatismo pode provocar uma sensação persistente de embaçamento visual, mesmo em situações em que o indivíduo acredita estar enxergando bem.
Dificuldades na aprendizagem infantil
Em crianças, o astigmatismo não tratado pode gerar problemas de concentração e baixo rendimento escolar, já que a visão borrada interfere na leitura e na escrita.
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Exames necessários para monitoramento
O diagnóstico e o acompanhamento do astigmatismo são feitos por meio de exames oftalmológicos específicos que avaliam o grau refrativo e a integridade da córnea.
O exame de refração ocular é o mais comum para medir o grau de astigmatismo, miopia e hipermetropia. Nele, o oftalmologista determina o tipo e a potência das lentes necessárias para corrigir o erro refrativo.
Já a ceratometria mede a curvatura da córnea e permite identificar se ela está regular ou irregular, uma informação essencial para confirmar o diagnóstico de astigmatismo.
Um dos exames mais detalhados é a topografia da córnea, que cria um “mapa” tridimensional da superfície do órgão a fim de diferenciar o astigmatismo comum de doenças como ceratocone.
Vale a pena destacar que, mesmo em casos estáveis, é importante realizar consultas oftalmológicas a cada 12 meses, especialmente para crianças, adolescentes e pessoas que usam lentes de contato ou passam muitas horas em frente a telas.
Tratamentos disponíveis
O tratamento do astigmatismo depende da gravidade do caso, da idade do paciente e do estilo de vida. Em todos os casos, o objetivo é corrigir o erro refrativo e proporcionar uma visão nítida e confortável.
Os óculos de grau são a forma mais simples e acessível de correção. As lentes possuem cilindros específicos que compensam a curvatura irregular da córnea.
Em geral, os óculos são indicados para casos leves a moderados, crianças e quem não pode usar lentes de contato.
Essas lentes, chamadas tóricas, são projetadas especialmente para corrigir o astigmatismo e apresentam diferentes curvaturas em cada eixo, o que permite uma refração precisa.
Normalmente, costumam ser indicadas para pessoas que preferem uma alternativa estética aos óculos ou desejam um campo de visão mais amplo.
Procedimentos a laser, como as cirurgias refrativas (LASIK, PRK ou SMILE), remodelam a córnea para corrigir a curvatura irregular, mas são indicadas apenas para pacientes com grau estável, córnea saudável e idade superior a 21 anos.
Essas operações são seguras e rápidas, com recuperação geralmente em poucos dias e, na maioria dos casos, dispensam o uso de óculos ou lentes.
Em situações mais complexas ou quando a cirurgia a laser não é recomendada, podem ser usados implantes de lentes intraoculares para corrigir o astigmatismo.
Cuidados preventivos no dia a dia
Além dos tratamentos disponíveis, bons hábitos visuais ajudam a preservar a saúde dos olhos e a reduzir o desconforto causado pelo astigmatismo. Algumas medidas simples fazem grande diferença, como:
- Fazer pausas regulares ao usar telas, seguindo a regra 20-20-20 — a cada 20 minutos, olhe para algo a 20 pés (6 metros) de distância por 20 segundos.
- Manter boa iluminação ao ler e evitar ambientes escuros, o que reduz o esforço ocular.
- Hidratar os olhos com colírios lubrificantes se houver ressecamento ou ardor, especialmente em ambientes com ar-condicionado.
- Manter a prescrição dos óculos atualizada, pois usar lentes desajustadas pode causar dor de cabeça e visão turva.
- Adotar uma alimentação rica em antioxidantes, já que as vitaminas A, C e E encontradas em frutas, verduras e peixes, ajudam na saúde ocular.
- Evitar coçar os olhos, pois esse hábito pode deformar a córnea e agravar o astigmatismo, especialmente em quem tem predisposição ao ceratocone.
Quando procurar ajuda imediata
Mesmo que o astigmatismo em si não cause cegueira, existem alguns sinais de alerta que indicam a necessidade de atendimento oftalmológico urgente. Entre eles estão:
- Visão embaçada repentina ou distorção súbita das imagens;
- Sensação de “névoa” constante mesmo com o uso de óculos;
- Dores oculares intensas ou vermelhidão persistente;
- Aumento rápido do grau de astigmatismo em poucos meses;
- Alterações perceptíveis na forma da córnea (em casos suspeitos de ceratocone).
Esses sintomas podem indicar outras doenças oculares associadas, como ceratocone, infecções ou inflamações, que exigem tratamento imediato para evitar danos permanentes.
Como vimos no artigo, o astigmatismo merece atenção e acompanhamento regular. Ele não causa cegueira, mas a falta de tratamento adequado pode comprometer o conforto e a qualidade visual.
Manter hábitos saudáveis, usar a correção prescrita e consultar um oftalmologista regularmente são atitudes essenciais para garantir uma visão nítida e saudável.
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