O astigmatismo é um distúrbio visual que se caracteriza pela dificuldade em enxergar de forma nítida, tanto de perto quanto de longe, devido a uma curvatura irregular na córnea ou no cristalino.
Ainda que muitas vezes seja uma condição leve, o astigmatismo pode interferir de maneira significativa na qualidade de vida, provocando dores de cabeça, cansaço ocular e dificuldades para realizar atividades cotidianas, como ler ou dirigir à noite.
Neste artigo, você vai entender as principais causas do astigmatismo, o que pode agravar o problema, quais são os sintomas de alerta e como é possível prevenir e cuidar da saúde ocular para evitar complicações no futuro.
Acompanhe!
Principais causas do astigmatismo
O astigmatismo ocorre quando a curvatura da córnea (a superfície transparente na frente do olho) ou do cristalino (a lente natural dentro do olho) apresenta uma forma irregular.
Em vez de ser perfeitamente esférica (como uma bola de futebol), a superfície se assemelha a uma bola de futebol americano, o que faz com que os raios de luz se dispersem em diferentes pontos da retina, gerando uma visão borrada e distorcida.
Entre as principais causas do astigmatismo, estão:
- Fatores genéticos: O astigmatismo pode ser herdado dos pais. Em muitos casos, a criança já nasce com uma leve irregularidade na curvatura da córnea, que pode se acentuar com o crescimento.
- Deformidades da córnea: Alterações na forma da córnea, como o ceratocone, levam ao afinamento e à distorção progressiva dessa estrutura.
- Lesões oculares: Traumas diretos, cirurgias mal cicatrizadas ou infecções podem modificar a curvatura da córnea, o que resulta em cicatrizes ou irregularidades que levam ao surgimento ou agravamento do astigmatismo.
Esses fatores podem estar presentes isoladamente ou combinados, o que influencia tanto o grau quanto o tipo de astigmatismo, seja regular (quando a deformidade segue um padrão previsível) ou irregular (quando há distorções mais complexas que dificultam a correção óptica tradicional).

Fatores que podem agravar a condição
Além das causas citadas acima, o astigmatismo também pode se agravar com o tempo devido a hábitos ou condições externas que comprometem a saúde ocular. Veja alguns dos fatores mais relevantes:
Esforço visual excessivo
O uso prolongado de telas (celulares, computadores e televisores) é um dos principais vilões da visão moderna. Passar muitas horas focando em objetos próximos sem pausas adequadas pode causar fadiga ocular, irritação e ressecamento dos olhos.
Ainda que o esforço visual não cause astigmatismo diretamente, ele pode acentuar os sintomas em pessoas já diagnosticadas, tornando a visão mais embaçada e os olhos mais cansados.
Trauma ocular ou uso incorreto de lentes
Traumas na superfície do olho, mesmo leves, podem alterar a forma da córnea e piorar o astigmatismo. Isso inclui tanto lesões acidentais quanto o ato de coçar os olhos repetidamente.
Além disso, o uso inadequado de lentes de contato, especialmente quando não higienizadas de forma correta ou usadas por mais tempo do que o recomendado, aumenta o risco de infecções que podem lesionar a córnea e comprometer a visão.
Doenças oculares e ceratocone
Algumas doenças também podem intensificar o astigmatismo, como o ceratocone, uma condição em que a córnea se torna progressivamente mais fina e assume a forma de um cone. Esse problema pode provocar astigmatismo irregular severo e exige acompanhamento oftalmológico especializado.
Sintomas de alerta para identificar cedo
Detectar o astigmatismo nos estágios iniciais é fundamental para corrigir a visão e impedir que o desconforto ocular se torne crônico. Os sintomas podem variar de leves a intensos, dependendo do grau e da causa, mas alguns indícios são bastante comuns, como:
- Visão borrada em todas as distâncias: o sintoma mais característico é a dificuldade em enxergar nitidamente, tanto objetos próximos quanto distantes. As imagens parecem duplicadas, distorcidas ou desfocadas.
- Dificuldade de foco: é preciso forçar os olhos para ajustar o foco e enxergar com clareza, o que provoca dores de cabeça, especialmente após longos períodos de leitura ou trabalho diante de telas.
- Fadiga ocular: sensação de peso, ardência e cansaço nos olhos são comuns, pois os músculos oculares tentam compensar a deformidade da córnea, o que gera tensão.
- Sensibilidade à luz: algumas pessoas relatam desconforto ou dificuldade de adaptação a ambientes muito iluminados.
- Visão noturna prejudicada: dirigir à noite pode se tornar difícil, com halos ao redor das luzes e dificuldade em enxergar nitidamente.
Prevenção e cuidados diários
Ainda que o astigmatismo tenha, na maioria das vezes, causas genéticas e estruturais, alguns cuidados diários podem ajudar a prevenir o agravamento e reduzir o desconforto causado pelo distúrbio.
Confira as principais práticas recomendadas pelos especialistas:
- Faça pausas visuais regulares: siga a regra 20-20-20, ou seja, a cada 20 minutos, olhe para algo a 20 metros de distância por pelo menos 20 segundos. Essa pausa ajuda a relaxar os músculos oculares e reduzir a fadiga.
- Mantenha uma boa iluminação: trabalhar ou estudar em locais bem iluminados evita o esforço ocular desnecessário. Prefira luzes difusas e evite reflexos diretos sobre a tela.
- Use corretamente as lentes de contato: higienize-as conforme orientação do oftalmologista e nunca ultrapasse o tempo de uso indicado. Durma com as lentes apenas se forem próprias para uso contínuo.
- Evite coçar os olhos: o hábito pode parecer inofensivo, mas pressões repetitivas sobre a córnea podem alterar sua forma e agravar o astigmatismo.
- Mantenha uma alimentação equilibrada: alimentos ricos em vitamina A, C, E, zinco e ômega-3 fortalecem os tecidos oculares e contribuem para uma visão saudável.
- Hidrate os olhos: o uso de colírios lubrificantes ajuda a reduzir o ressecamento, principalmente em ambientes com ar-condicionado ou uso intenso de telas.
- Faça ajustes ergonômicos: mantenha o monitor a cerca de 50 a 70 cm de distância dos olhos, ligeiramente abaixo da linha de visão, e pisque com frequência para manter a lubrificação.
A importância do acompanhamento oftalmológico
Consultas regulares com o oftalmologista são a principal forma de detectar precocemente alterações visuais e monitorar a evolução do astigmatismo.
Mesmo que a pessoa não apresente sintomas significativos, a realização de certos exames permite identificar irregularidades antes que causem prejuízos à visão.
Um dos principais testes utilizados é o exame de refração, que mede o grau de astigmatismo e avalia a necessidade de correção com óculos ou lentes de contato.
Já a ceratometria avalia a curvatura da córnea e identifica irregularidades que causam distorções visuais, enquanto a topografia corneana cria um mapa detalhado da superfície da córnea, sendo útil para diagnosticar casos de ceratocone ou astigmatismo irregular.
Manter o acompanhamento oftalmológico é também uma forma de prevenir complicações. Muitas vezes, o astigmatismo pode estar associado a outros distúrbios refrativos, como miopia e hipermetropia, ou indicar o início de doenças progressivas, como o próprio ceratocone.
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