A catarata subcapsular anterior é uma condição oftalmológica que afeta especificamente a parte frontal do cristalino, o que pode causar alterações significativas na qualidade da visão.
Esse tipo de catarata difere de outras variantes, como a subcapsular posterior e a nuclear, por sua localização e características únicas.
Neste artigo, você vai descobrir o que é a catarata subcapsular anterior, quais são suas principais causas e fatores de risco, além dos tratamentos disponíveis.
O que é a catarata subcapsular anterior?
A catarata subcapsular anterior é um tipo específico de opacificação do cristalino que ocorre abaixo da cápsula anterior, a camada mais externa e frontal dessa estrutura ocular.
Também chamado de lente natural do olho, o cristalino normalmente é transparente, sendo responsável por ajudar a focar a luz que entra no olho.
Com a catarata, o cristalino perde sua capacidade de permitir a passagem de luz até a retina, o que leva à redução da nitidez e à sensibilidade da visão. Dessa forma, atividades rotineiras ficam comprometidas, como leitura, direção e reconhecimento de rostos.
Além de acometer a parte externa e frontal do cristalino, a catarata também pode atingir o fundo da região, na área mais próxima da retina (catarata subcapsular posterior), ou se desenvolver no centro da estrutura (catarata nuclear).
Diferente desses outros tipos, a catarata subcapsular anterior geralmente está associada a traumas e condições inflamatórias. E sua localização frontal pode gerar dificuldades visuais específicas, como maior sensibilidade à luz e visão embaçada.
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Causas e fatores de risco
A catarata subcapsular anterior pode ser causada por diversos fatores, muitos dos quais estão associados a diferentes condições médicas e ao estilo de vida do paciente.
Confira as principais causas e fatores de risco da doença abaixo:
- Uso prolongado de medicamentos esteróides: O uso de corticosteroides, especialmente em tratamentos de longa duração para doenças autoimunes ou inflamatórias, é uma das causas mais comuns desse tipo de catarata.
- Trauma ocular: Impactos diretos ou lesões no olho podem acelerar o desenvolvimento da catarata subcapsular anterior.
- Doenças inflamatórias oculares: Inflamações como a uveíte crônica contribuem para o aparecimento dessa condição, pois danificam o cristalino.
- Cirurgias oculares prévias: Intervenções anteriores no olho podem alterar o cristalino e predispor ao desenvolvimento da catarata.
- Exposição à radiação: Radiação ultravioleta ou exposição a raios-X em excesso são fatores agravantes para o surgimento desse tipo de catarata.
- Doenças sistêmicas: Condições como diabetes mellitus estão associadas a maior prevalência de catarata subcapsular anterior.
Além disso, fatores como idade avançada, histórico familiar de catarata, exposição ocupacional a produtos químicos e deficiência nutricional, como falta de antioxidantes, também contribuem para o desenvolvimento da doença.
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Sintomas característicos da catarata subcapsular anterior

Os sintomas da catarata subcapsular anterior variam conforme o estágio de opacificação e sua interferência na quantidade de luz que chega à retina, mas alguns sinais são característicos. Confira a lista a seguir:
- Visão embaçada: Uma das primeiras manifestações, com dificuldade crescente em enxergar detalhes.
- Sensibilidade à luz: Também conhecida como fotofobia, torna difícil olhar diretamente para luzes fortes, como sol ou faróis de carros.
- Glare (ofuscamento): Incapacidade de suportar ambientes com brilho excessivo, comum em ambientes escuros ou ao dirigir à noite.
- Perda de nitidez na visão de perto ou de longe: Alterações constantes na acuidade visual dificultam a leitura e reconhecimento de rostos.
- Percepção de halos ao redor de luzes: Sintoma muito frequente, especialmente para pacientes em estágios iniciais.
É importante ressaltar que esses sintomas podem se manifestar isoladamente ou em conjunto, e seu impacto aumenta de forma progressiva conforme a catarata avança, comprometendo a qualidade de vida da pessoa.
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Diagnóstico e exames para confirmar o quadro
A confirmação do diagnóstico de catarata subcapsular anterior exige uma avaliação oftalmológica completa, que tem por objetivo identificar o local, a gravidade e as possíveis causas da opacificação do cristalino.
A realização de exames detalhados é essencial para distinguir esse tipo de catarata de outras condições que podem apresentar sintomas semelhantes. Entre os principais exames solicitados, estão:
- Exame com lâmpada de fenda: Principal exame para identificar a opacidade no cristalino. Com o uso de um microscópio especializado, o oftalmologista é capaz de determinar a localização exata e a gravidade da catarata.
- Avaliação da acuidade visual: Avalia a capacidade do paciente de enxergar letras ou símbolos em diferentes distâncias e iluminações, identificando alterações visuais relacionadas à catarata.
- Exame de refração: Investiga se os sintomas de visão embaçada podem ser corrigidos por óculos, distinguindo os problemas causados pela catarata de erros refrativos.
- Tomografia de coerência óptica: Utilizada em casos mais complexos para avaliar possíveis impactos em estruturas oculares próximas e garantir que outros problemas, como doenças da retina, não estejam presentes.
Veja também: 6 exames oftalmológicos para avaliar a retina
Tratamento: Quando é necessária a cirurgia?
A escolha do tratamento para a catarata subcapsular anterior depende da gravidade dos sintomas e do impacto na qualidade de vida do paciente.
Nos estágios iniciais, quando esses sintomas ainda são leves, medidas não invasivas podem ser suficientes, como o uso de óculos com lentes corretivas ou filtros de luz para reduzir o ofuscamento, além do controle de outras condições de saúde, como diabetes ou inflamações oculares.
No entanto, quando a catarata começa a comprometer significativamente a visão do paciente ou as atividades de seu dia a dia, a cirurgia passa a ser a solução mais indicada.
O tratamento cirúrgico consiste na remoção do cristalino opacificado e sua substituição por uma lente intraocular. Este procedimento, conhecido como facoemulsificação, envolve:
- Realização de uma pequena incisão no olho.
- Fragmentação do cristalino com ultrassom para facilitar sua remoção.
- Implantação da lente, que substitui a função óptica do cristalino original.
Vale lembrar que a cirurgia de catarata é segura, com taxas de sucesso superiores a 95%. A maioria dos pacientes experimenta uma melhora rápida na visão, geralmente dentro de uma ou duas semanas.
Para isso, também é muito importante utilizar corretamente os colírios prescritos pelo médico e realizar visitas regulares ao oftalmologista durante o período pós-operatório.
Conclusão
A catarata subcapsular anterior, apesar de menos prevalente que outros tipos de catarata, pode ter um impacto significativo na visão e na qualidade de vida por conta de sua localização e sintomas específicos.
O diagnóstico precoce, através de exames como a lâmpada de fenda, é fundamental para determinar o melhor momento de realizar uma intervenção.
O tratamento cirúrgico, quando necessário, oferece resultados altamente satisfatórios e pode restaurar a visão com grande eficácia.
Caso você perceba algum dos sintomas mencionados, procure um oftalmologista para avaliação detalhada e orientações personalizadas. Assim, é possível garantir o cuidado necessário para proteger e restaurar sua saúde visual.
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