A cirurgia de catarata é hoje um dos procedimentos mais realizados no mundo e, graças ao avanço da tecnologia, tornou-se um processo rápido, seguro e altamente eficaz.
Muitas pessoas, porém, ficam em dúvida: se eu já operei a catarata uma vez, será que ela pode voltar? Existe a chance de precisar operar novamente?
Essas perguntas são comuns e importantes, já que envolvem diretamente a saúde dos olhos e a manutenção da visão no longo prazo.
Neste artigo, você vai entender como funciona a cirurgia de catarata, se a doença pode ou não voltar depois da operação, o que significa o termo “catarata secundária” e em quais situações uma segunda intervenção pode ser necessária
Acompanhe!
Como funciona a cirurgia de catarata
A catarata é uma condição que afeta o cristalino, a lente natural dos olhos responsável por focar a luz que entra na retina e formar imagens nítidas.
Com o passar dos anos, ou em consequência de doenças oculares e traumas, o cristalino pode ficar opaco e deixar a visão turva ou embaçada, o que gera dificuldade para enxergar, especialmente à noite.
A única forma eficaz de tratar a catarata é a cirurgia, já que não existem colírios ou medicamentos capazes de reverter a opacificação do cristalino.
Existem duas técnicas para a realização da cirurgia de catarata, facoemulsificação e cirurgia com laser femtosegundo. De modo geral, os dois procedimentos têm o mesmo objetivo: remover o cristalino opaco e o substituir por uma lente intraocular artificial (LIO).
Esse implante tem a função de restabelecer a transparência da visão e, muitas vezes, corrigir problemas refrativos, como miopia, hipermetropia ou astigmatismo.
O procedimento é realizado com anestesia local (geralmente em forma de colírio ou injeção ao redor do olho) e costuma ser rápido, levando em torno de 15 a 30 minutos. O paciente não sente dor, apenas pode perceber luzes e leves toques durante o processo.
Por meio de microincisões na córnea, o médico oftalmologista acessa o cristalino opaco, que é fragmentado com auxílio de ultrassom e aspirado.
Após a remoção, a lente artificial é cuidadosamente implantada dentro da cápsula do cristalino, que é mantida para dar suporte e estabilidade à nova lente.
Em poucos dias, a maioria das pessoas já percebe uma melhora significativa da visão, com cores mais vivas e imagens mais nítidas. É justamente por isso que a cirurgia de catarata é considerada um dos maiores avanços da medicina moderna.

A catarata pode voltar depois da cirurgia?
Uma dúvida bastante comum dos pacientes é se a catarata pode “voltar” após a cirurgia. A resposta é clara: não, a catarata não volta.
Isso porque a doença acontece apenas no cristalino natural, que ficou opaco e foi removido durante a cirurgia.
Como a lente artificial (feita de material sintético transparente) não sofre envelhecimento ou opacificação, não existe a possibilidade de o paciente desenvolver catarata novamente.
No entanto, alguns meses ou anos após a cirurgia, pode ocorrer um fenômeno chamado de opacificação da cápsula posterior, que muitas vezes leva as pessoas a acreditarem que a catarata “voltou”.
Essa cápsula é uma membrana fina que envolve o cristalino natural e que, como vimos, é preservada durante a cirurgia para servir de suporte à lente intraocular que será implantada.
Com o tempo, em alguns pacientes, células residuais do cristalino podem crescer e se espalhar pela cápsula, deixando-a turva.
Isso pode causar sintomas semelhantes ao da catarata, como visão borrada, sensação de que há uma película diante dos olhos, sensibilidade à luz e queda na nitidez das cores.
Por isso, esse quadro é conhecido popularmente como “catarata secundária”, mas na verdade não é uma nova catarata, como veremos a seguir.
Veja também: Terçol: sintomas, causas e tratamentos
O que é a chamada “catarata secundária”?
Muitas pessoas escutam falar de “catarata secundária” e pensam que a doença voltou. Mas, na verdade, esse termo é popular e não corresponde ao que realmente acontece no olho. Veja a diferença:
Catarata original
A catarata original é a opacificação do cristalino natural. Esse processo é irreversível e só pode ser tratado com a substituição do cristalino por uma lente intraocular, como explicado anteriormente.
“Catarata secundária”
O que as pessoas chamam de “catarata secundária” é, na verdade, a opacificação da cápsula posterior. Ou seja, não é uma nova catarata, mas sim um embaçamento da membrana que sustenta a lente artificial implantada durante a cirurgia.
Essa condição é relativamente comum e pode surgir em até 30% dos pacientes alguns anos após a operação.
A boa notícia é que não se trata de uma complicação grave e tem tratamento simples e rápido, feito em consultório.
Segunda cirurgia de catarata: quando é necessária?
Quando o paciente desenvolve opacificação da cápsula posterior, os sintomas podem comprometer bastante a qualidade de vida. É aí que entra o tratamento com laser YAG.
O procedimento, chamado de capsulotomia posterior a laser YAG, consiste em aplicar disparos de laser na cápsula turva para criar uma pequena abertura no centro dela que permite a passagem livre da luz até a retina, restaurando imediatamente a nitidez da visão.
Diferente da cirurgia de catarata, a capsulotomia a laser é feita em consultório, sem necessidade de internação, dura apenas alguns minutos, não requer incisões nem pontos e o paciente pode retomar suas atividades normalmente em pouquíssimo tempo.
Dessa forma, quando algumas pessoas dizem que precisarão “operar de novo”, o que acontece não é uma nova cirurgia de catarata, mas sim um procedimento complementar à laser para tratar a opacificação da cápsula posterior.
É importante lembrar que nem todos os pacientes desenvolvem esse tipo de problema. Quando acontece, o laser só é recomendado se houver perda significativa da nitidez da visão,
dificuldade para realizar atividades cotidianas ou sintomas de ofuscamento que atrapalham a qualidade de vida.
A importância do acompanhamento após a cirurgia
Mesmo sendo um procedimento com alto índice de sucesso, a cirurgia de catarata requer acompanhamento oftalmológico a fim de garantir a saúde dos olhos a longo prazo.
Com consultas regulares, o oftalmologista pode:
- Acompanhar a recuperação inicial após a cirurgia para verificar se o olho está cicatrizando bem e se não há sinais de infecção ou inflamação.
- Ajustar a visão, pois em alguns casos é necessário prescrever óculos para complementar a nitidez em determinadas distâncias.
- Monitorar outras doenças oculares que podem surgir com o envelhecimento, como glaucoma, degeneração macular relacionada à idade (DMRI) ou retinopatia diabética.
- Detectar uma possível opacificação da cápsula posterior, a chamada “catarata secundária” e avaliar a necessidade do laser YAG.
Além de garantir que a visão do paciente permaneça nítida e estável ao longo dos anos, as consultas com o oftalmologista são uma oportunidade para esclarecer dúvidas, ajustar tratamentos e orientar sobre hábitos saudáveis para a saúde ocular.
Conclusão
Quem opera a catarata uma vez não precisa se preocupar com a volta da doença, já que o cristalino natural é substituído por uma lente artificial definitiva.
Contudo, em alguns casos, a cápsula que sustenta a lente pode ficar opaca, gerando o que popularmente se chama de “catarata secundária”.
Esse quadro não significa que a catarata voltou, nem exige uma nova cirurgia como a primeira. Ele pode ser tratado de forma rápida e eficaz com o laser YAG, que devolve a nitidez visual rapidamente.
Por isso, mais importante do que temer uma “nova cirurgia” é manter o acompanhamento regular com o oftalmologista.
Assim, qualquer alteração pode ser detectada precocemente, garantindo que a visão permaneça clara e saudável por muitos anos após a cirurgia de catarata.
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