Cefaleia: o que é, tipos e principais causas

A cefaleia é uma das queixas mais frequentes nos consultórios médicos e um dos motivos mais comuns de automedicação. 

Apesar de muitas pessoas se referirem a ela simplesmente como “dor de cabeça”, o termo médico “cefaleia” abrange uma ampla gama de condições que podem ter múltiplas origens, inclusive oftalmológicas.

Neste artigo, você vai entender o que é cefaleia, quais são seus tipos, principais causas e formas de prevenção para lidar corretamente com o problema e evitar complicações.

Acompanhe!

O que é cefaleia e por que é tão comum?

O termo cefaleia é utilizado na medicina para descrever qualquer tipo de dor localizada na região da cabeça, independentemente da sua origem ou intensidade. 

Mesmo que “dor de cabeça” e “cefaleia” sejam expressões usadas como sinônimos no dia a dia, há uma diferença importante entre elas: “dor de cabeça” é a descrição de um sintoma, enquanto “cefaleia” é o termo clínico que engloba diversas condições com diferentes causas,  mecanismos e apresentações.

A cefaleia ocorre quando estruturas localizadas na cabeça e sensíveis à dor, como músculos, nervos, vasos sanguíneos e meninges, são ativadas ou irritadas. Essas estruturas enviam sinais ao cérebro, que interpreta o estímulo como dor. 

Entre as possíveis origens, estão fatores neurológicos, hormonais, musculares, emocionais e até oftalmológicos, como erros de refração (miopia, hipermetropia, astigmatismo) ou fadiga ocular decorrente do uso prolongado de telas. 

Por isso, a cefaleia é considerada um sintoma multifatorial, o que exige uma avaliação cuidadosa para identificar sua verdadeira causa.

Diferença entre cefaleia primária e secundária

As cefaleias são divididas em primárias e secundárias, de acordo com sua origem. As primárias são aquelas em que a dor de cabeça é o próprio problema, ou seja, não é causada por uma doença. 

Exemplos comuns são a enxaqueca e a cefaleia tensional, onde há alterações funcionais nos nervos e vasos sanguíneos do cérebro, mas sem lesões estruturais detectáveis em exames de imagem.

Já as cefaleias secundárias resultam de outra condição médica, como infecções, problemas visuais, distúrbios neurológicos ou traumas. 

Uma dor de cabeça causada por miopia não corrigida, por exemplo, é considerada uma cefaleia secundária de origem ocular. Nesse caso, o tratamento adequado depende de corrigir o problema de base, e não apenas aliviar a dor.

Tipos mais comuns de cefaleia

Existem dezenas de tipos de cefaleia reconhecidos pela medicina, mas alguns são frequentes no dia a dia. Os principais incluem:

  • Cefaleia tensional: É o tipo mais comum, caracterizado por dor em aperto ou pressão, geralmente em ambos os lados da cabeça. Está fortemente relacionada ao estresse, má postura e tensão muscular no pescoço e ombros.
  • Enxaqueca: Trata-se de uma cefaleia pulsátil, muitas vezes unilateral, que pode vir acompanhada de náuseas, sensibilidade à luz e ao som. Os episódios podem durar horas ou até dias e, em alguns casos, há sintomas visuais antes da crise, conhecidos como “aura”.
  • Cefaleia em salvas: Menos comum, porém extremamente intensa, a dor é localizada em torno de um olho e vem em “crises” que podem durar de minutos a horas. Costuma ocorrer em períodos do dia específicos e pode ser acompanhada de lacrimejamento e congestão nasal.
  • Cefaleia de origem ocular: Provocada por problemas de visão não corrigidos (como miopia, astigmatismo e hipermetropia) ou por esforço visual excessivo. A dor surge após leitura, uso de computador ou foco visual intenso, e tende a se concentrar na região frontal ou ao redor dos olhos.

Causas relacionadas à visão

Nem toda dor de cabeça tem origem neurológica. Muitas são resultado de problemas visuais não corrigidos. 

O esforço constante para enxergar com nitidez, especialmente em tarefas que exigem foco próximo (como ler ou usar o celular), pode gerar fadiga ocular e desencadear cefaleias.

Entre as principais causas oculares relacionadas à dor de cabeça, estão miopia (dificuldade para enxergar de longe), hipermetropia (dificuldade para enxergar de perto), astigmatismo (distorção da imagem devido à curvatura irregular da córnea) e presbiopia (perda gradual da capacidade de foco em curtas distâncias, que surge normalmente após os 40 anos).

Glaucoma, estrabismo e inflamações oculares também podem estar por trás de cefaleias persistentes, assim como o uso prolongado de telas, iluminação inadequada e ausência de pausas visuais, que contribuem para o aumento da tensão ocular.

Quando a dor de cabeça pode indicar algo mais sério

Ainda que a maioria das cefaleias não seja grave, existem situações em que a dor é sinal de alerta e exige atendimento médico imediato. 

Alguns sintomas podem indicar condições potencialmente perigosas, como hemorragia cerebral, meningite ou tumores. Procure ajuda médica urgente se houver:

  • Dor de cabeça súbita e intensa, descrita como “a pior da vida”;
  • Dor acompanhada de febre alta, rigidez no pescoço, náuseas intensas ou confusão mental;
  • Alterações visuais importantes, como visão dupla, turvação repentina ou perda parcial da visão;
  • Mudança no tamanho ou na reação das pupilas à luz;
  • Fraqueza, dormência ou dificuldade para falar;
  • Cefaleia que piora progressivamente ao longo dos dias;
  • Dor após traumatismo craniano;
  • Cefaleia acompanhada de aumento da pressão arterial.

Esses sintomas podem indicar uma cefaleia secundária de causa neurológica e devem ser avaliados por um profissional de saúde o mais rápido possível.

Exames de imagem e de visão que ajudam no diagnóstico

O diagnóstico preciso da cefaleia depende de uma avaliação clínica detalhada, com histórico dos sintomas, frequência, intensidade e fatores desencadeantes. 

Quando há suspeita de causas neurológicas ou estruturais, o médico pode solicitar alguns exames de imagem, como a tomografia computadorizada, que permite visualizar rapidamente possíveis sangramentos, tumores ou anomalias cerebrais.

A ressonância magnética também pode ser útil, pois fornece imagens detalhadas do cérebro e das estruturas adjacentes, identificando lesões menores ou inflamações, assim como a angiografia cerebral, que analisa o fluxo dos vasos sanguíneos para detectar aneurisma ou trombose.

Além dos exames neurológicos, uma avaliação oftalmológica completa é essencial para descartar causas visuais da dor de cabeça. Essa análise pode incluir exames como:

  1. Refração completa: identifica erros de visão como miopia, hipermetropia e astigmatismo.
  2. Exame de fundo de olho: avalia o nervo óptico e os vasos sanguíneos da retina.
  3. Medição da pressão intraocular: detecta possíveis sinais de glaucoma.
  4. Teste de motilidade ocular: analisa o alinhamento e o funcionamento dos músculos dos olhos.

Com esses exames, o especialista pode determinar se a cefaleia tem origem ocular, neurológica ou sistêmica, permitindo um tratamento direcionado e eficaz.

Cuidados e prevenção da cefaleia recorrente

Muitas cefaleias podem ser prevenidas com hábitos simples e ajustes no estilo de vida. Veja algumas medidas eficazes para reduzir a frequência e a intensidade das crises:

  • Faça pausas visuais regulares: a cada 20 minutos diante de uma tela, olhe para um ponto distante por 20 segundos (regra 20-20-20).
  • Mantenha a iluminação adequada: evite luzes muito fortes ou ambientes escuros ao ler ou trabalhar.
  • Hidrate-se bem: a desidratação é uma causa comum de dor de cabeça. Beba água ao longo do dia.
  • Tenha uma rotina de sono regular: dormir mal é um dos principais gatilhos de enxaqueca e cefaleia tensional.
  • Evite jejum prolongado: mantenha intervalos regulares entre as refeições para evitar queda de glicose no sangue.
  • Corrija problemas de visão: use os óculos ou lentes de contato conforme a prescrição médica e atualize seu grau periodicamente.
  • Controle o estresse: técnicas de relaxamento, yoga ou meditação ajudam a prevenir dores tensionais.
  • Mantenha postura adequada: evite permanecer por longos períodos com o pescoço inclinado ou em posições desconfortáveis.

Conclusão: uma dor de cabeça que merece atenção

Ainda que muitas pessoas tratem a dor de cabeça como algo “normal”, a cefaleia não deve ser ignorada, especialmente quando é frequente, intensa ou acompanhada de outros sintomas. 

Ela é um sinal de que algo no organismo precisa de atenção, seja um problema de visão, tensão emocional, distúrbio neurológico ou desequilíbrio corporal.

O acompanhamento com médico e oftalmologista é o caminho mais seguro para identificar a origem da dor e evitar complicações.

A cefaleia pode até ser comum, mas não é normal viver com dor constante. Cuidar da saúde, manter hábitos saudáveis e procurar avaliação oftalmológica quando necessário são atitudes fundamentais para garantir bem-estar e qualidade de vida.

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