Cores desbotadas e visão ‘lavada’: pode ser sinal de catarata precoce?

Você já percebeu que as cores ao seu redor estão menos vivas, como se estivessem “lavadas” ou esbranquiçadas? Ou então, sentiu que a nitidez das imagens está diminuindo e as luzes incomodam mais que o normal? 

Esses podem ser sinais de alerta da catarata precoce, uma condição que geralmente está associada ao envelhecimento, mas também pode afetar pessoas mais jovens em certas circunstâncias. 

Neste artigo, você vai descobrir se a sensação de cores desbotadas e visão “lavada” pode ser sinal de catarata precoce, quais são os primeiros sintomas que costumam passar despercebidos e quem tem mais risco de desenvolver essa condição.

Acompanhe!

Entendendo o que é a catarata e como ela afeta a visão

A catarata é uma condição oftalmológica caracterizada pela opacificação do cristalino, que é a lente natural localizada dentro do olho, atrás da íris. 

Em um olho saudável, o cristalino é transparente e flexível, permitindo que a luz passe por ele e seja focalizada na retina, o que nos proporciona uma imagem nítida e colorida.

Quando ocorre a catarata, essa lente começa a ficar turva, dificultando a passagem da luz. Com isso, a nitidez da imagem é prejudicada e a percepção de cores e contrastes é alterada. É como olhar através de um vidro embaçado ou de um filtro amarelado.

Na maioria dos casos, essa opacidade se forma de maneira gradual, e a pessoa pode não perceber imediatamente que está perdendo a qualidade da visão ou até mesmo achar que se trata de um problema refrativo, como a miopia.

Muitas vezes, o cérebro se adapta à nova realidade visual, mascarando os sintomas até que eles se tornem mais evidentes.

Além da perda de nitidez, a catarata também afeta a maneira como a luz é filtrada no olho, o que torna a visão menos vibrante e mais esmaecida, especialmente em ambientes com muita claridade ou no entardecer.

Sinais iniciais da catarata que costumam passar despercebidos

Como dissemos acima, os sintomas da catarata em seu estágio inicial podem ser sutis e facilmente confundidos com outras alterações visuais, como miopia ou presbiopia.

No entanto, é importante ficar atento aos seguintes sinais:

  • Visão lavada ou esbranquiçada, como se tudo estivesse envolto em névoa;
  • Cores menos vivas ou desbotadas, especialmente tons mais claros e sutis;
  • Aumento da sensibilidade à luz (fotofobia), principalmente ao sol ou faróis de carros;
  • Reflexos ou halos em torno das luzes, que dificultam dirigir à noite;
  • Dificuldade para enxergar em ambientes com pouca iluminação;
  • Visão dupla ou embaçada em apenas um dos olhos;
  • Necessidade de trocar os óculos ou lentes de grau com frequência;
  • Melhora temporária da visão de perto, o que pode parecer benéfico, mas é um indício da alteração do cristalino;
  • Necessidade de mais luz para ler ou realizar tarefas próximas, mesmo com óculos.

Esses sintomas podem evoluir lentamente e nem sempre são percebidos logo de início. Por isso, o acompanhamento oftalmológico é fundamental para identificar alterações precoces no cristalino.

Por que as cores ficam desbotadas com a catarata?

Um dos efeitos mais característicos da catarata é a alteração na percepção das cores. Isso acontece porque a opacificação do cristalino interfere diretamente na forma como a luz chega à retina. Mas como esse processo afeta as cores?

O cristalino saudável atua como uma lente transparente que filtra e direciona a luz. Com o surgimento da catarata, essa lente torna-se turva e amarelada. 

Sem a transparência, o cristalino passa a filtrar e bloquear parte da luz recebida pela retina, o que leva a uma redução na quantidade de luz e na intensidade das cores percebidas, principalmente nas tonalidades mais vivas, como o azul e o verde.

Imagine que você está olhando o mundo através de uma cortina amarelada ou de uma lente escurecida. É exatamente essa a sensação que muitas pessoas relatam ao descrever a visão com catarata. 

O amarelecimento natural do cristalino com o tempo, agravado pela opacificação, modifica a forma como os comprimentos de onda da luz (responsáveis pelas cores) são absorvidos e transmitidos, resultando em tons mais apagados e sem vida.

Além disso, o contraste entre luz e sombra também se perde, tornando mais difícil distinguir objetos em fundos claros ou identificar pequenos detalhes em imagens e textos.

Muitas vezes, o desbotamento das cores ocorre de forma lenta e progressiva, por isso, muitas vezes, o cérebro se adapta à nova forma de enxergar, e o paciente só percebe a gravidade da situação quando compara a visão dos dois olhos (um já com catarata, outro ainda saudável) ou após realizar exames específicos.

Quem pode desenvolver catarata precoce?

Apesar da catarata ser mais comum a partir dos 60 anos, a forma precoce da doença pode afetar adultos jovens e até mesmo crianças, em alguns casos específicos. 

Os principais fatores de risco para o surgimento desse problema são:

Diabetes

Pessoas com diabetes, especialmente quando não controlam os níveis de glicose, têm maior risco de desenvolver catarata precoce, pois a hiperglicemia provoca alterações metabólicas no cristalino.

Exposição solar excessiva

A exposição prolongada à radiação ultravioleta (UV), principalmente sem a proteção adequada (óculos escuros com filtro UV) acelera o processo de envelhecimento das estruturas oculares, o que favorece o surgimento da catarata antes da idade esperada.

Uso prolongado de corticoides

O uso frequente e prolongado de medicamentos corticoides, seja por via oral ou em colírios, está associado ao desenvolvimento de catarata subcapsular posterior, uma das formas mais precoces e agressivas da doença.

Histórico familiar

A predisposição genética pode influenciar a formação da opacidade em idades mais jovens. Por isso, se já houve casos precoces da doença na família, é importante iniciar o acompanhamento oftalmológico mais cedo.

Tabagismo e álcool

O consumo frequente de cigarro e bebidas alcoólicas contribui para o estresse oxidativo no organismo, o que acelera o envelhecimento do cristalino e compromete sua transparência.

Cirurgias oculares prévias e traumas

Lesões nos olhos, inflamações crônicas (como uveítes) ou cirurgias anteriores também aumentam a chance de formação de catarata em pessoas mais jovens.

Importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento oftalmológico

É importante ressaltar que a catarata é uma condição tratável. Diferente de outras doenças oculares que causam danos irreversíveis, a perda de visão causada pela catarata pode ser recuperada com cirurgia, desde que identificada e tratada corretamente. Por isso, o diagnóstico precoce faz toda a diferença.

A melhor forma de detectar a catarata ainda nos estágios iniciais é por meio de exames oftalmológicos periódicos, como a biomicroscopia (lâmpada de fenda), que permite ao oftalmologista visualizar o cristalino e identificar alterações de transparência, mesmo quando os sintomas ainda são discretos ou inexistentes.

Outros exames complementares, como a refração completa, avaliação da acuidade visual, teste de sensibilidade ao contraste e, em alguns casos, a tomografia de coerência óptica (OCT), ajudam a confirmar a presença da catarata e diferenciar de outras condições oculares.

Além disso, o acompanhamento regular com o oftalmologista permite ao paciente receber orientações para retardar a progressão da doença e, quando necessário, se preparar para a cirurgia, um procedimento simples, rápido e seguro, realizado com anestesia local e recuperação em poucos dias. 

Por isso, se você ou alguém próximo tem notado mudanças sutis na visão, como cores apagadas, sensibilidade à luz ou dificuldade para dirigir à noite, não hesite em procurar avaliação especializada e realizar os exames oftalmológicos periódicos, como os realizados pelo Mondevi Hospital Oftalmológico.

Somos referência nacional em cuidados com a visão, dispondo de um parque tecnológico completo, para consultas, exames, procedimentos e cirurgias, além de um time de profissionais experientes e atenciosos.

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