A menopausa é um período inevitável na vida de todas as mulheres, em que o ciclo reprodutivo chega ao fim e o organismo passa por uma série de alterações hormonais.
Essas mudanças afetam não apenas o sistema reprodutivo, mas também diversas funções do corpo — inclusive a saúde ocular. Muitas mulheres não relacionam os sintomas visuais à menopausa, mas é fundamental compreender essa conexão para prevenir problemas e garantir mais qualidade de vida.
Neste artigo, você vai descobrir como a menopausa afeta a saúde dos olhos, quais os sintomas mais comuns e os cuidados recomendados para manter a visão em perfeito estado.
Acompanhe!
Introdução: as mudanças hormonais e seus impactos na visão
A menopausa é um processo natural na vida da mulher, marcado pelo fim da fase reprodutiva e pela interrupção da menstruação. Essa transição ocorre, em média, entre os 45 e 55 anos e traz consigo uma série de mudanças fisiológicas.
Entre elas, está uma queda significativa nos níveis de estrogênio e progesterona — hormônios que desempenham papeis importantes em vários sistemas do corpo, incluindo o sistema ocular.
Essas alterações hormonais afetam a lubrificação dos olhos, a estabilidade da lágrima, a sensibilidade à luz e até a estrutura das células oculares.
Como resultado, muitas mulheres começam a apresentar sintomas visuais nessa fase da vida, que podem se manifestar de forma leve ou mais intensa e impactar a rotina e o bem-estar.
Além disso, a produção de andrógenos — outro grupo hormonal importante — também diminui, o que influencia diretamente na função das glândulas meibomianas, responsáveis por manter a camada lipídica das lágrimas. O desequilíbrio dessas glândulas contribui para o olho seco e outras alterações oculares, como veremos a seguir.
Síndrome do olho seco: um dos principais sintomas da menopausa
Um dos problemas oculares mais comuns associados à menopausa é a síndrome do olho seco, uma condição que surge quando os olhos não produzem lágrimas suficientes ou quando a qualidade das lágrimas é inadequada para manter a superfície ocular devidamente lubrificada.
Como resultado, a mulher apresenta sintomas como olhos ressecados, ardência ou coceira persistente, vermelhidão, sensação de areia nos olhos e visão embaçada temporária.
Isso acontece porque a produção lacrimal é diretamente influenciada pelos hormônios sexuais que, como dissemos anteriormente, diminuem durante a menopausa.
Com uma quantidade menor de estrogênio, há menos estimulação das glândulas lacrimais, o que reduz a quantidade de lágrimas. Já a redução dos andrógenos afeta a qualidade da camada lipídica da lágrima, que é essencial para evitar a evaporação precoce.
Essa combinação hormonal cria um ambiente ocular menos protegido, favorecendo o ressecamento e a inflamação da superfície ocular. Além disso, o olho seco pode se agravar com o uso frequente de telas, ambientes com ar-condicionado e exposição ao vento ou à poluição.
É importante ressaltar também que a síndrome do olho seco afeta diretamente a qualidade da visão, dificultando atividades como leitura, uso de computador e direção noturna, o que torna essencial seu diagnóstico e tratamento adequados.

Alterações na visão e sensibilidade à luz
A menopausa pode provocar outras alterações visuais que nem sempre são associadas imediatamente à queda hormonal, mas podem ser confundidas com problemas de refração ou cansaço visual.
Entre os sintomas mais comuns, estão:
- Visão embaçada: Devido à lubrificação inadequada da superfície ocular ou mudanças na curvatura da córnea, a visão pode se tornar temporariamente turva.
- Dificuldade de focar: Ainda que seja um sintoma mais relacionado ao envelhecimento, a presbiopia pode se intensificar durante a menopausa devido ao ressecamento ocular e à sensibilidade da retina.
- Sensibilidade à luz (fotofobia): A menor produção de lágrimas e o afinamento da película lacrimal aumentam a exposição da córnea à luz, o que torna os olhos mais sensíveis, especialmente à luz solar e luzes artificiais fortes.
- Maior fadiga visual: O esforço para enxergar com clareza, somado ao desconforto da secura ocular, pode levar a dores de cabeça, cansaço visual e dificuldade de concentração.
Esses sintomas podem variar de intensidade e, se persistirem, devem ser avaliados por um oftalmologista para descartar outras condições mais graves.
A menopausa aumenta o risco de doenças oculares?
A queda hormonal provocada pela menopausa não afeta apenas o conforto ocular, mas também aumenta o risco de desenvolvimento de doenças oculares crônicas e degenerativas.
Entre as principais condições que podem surgir devido à menopausa, estão:
- Catarata: A diminuição do estrogênio e da progesterona está associada à maior oxidação das proteínas do cristalino, o que pode acelerar a opacificação e levar à formação da catarata.
- Glaucoma: A alteração na pressão intraocular e a redução do fluxo sanguíneo ocular causadas pela queda hormonal pode aumentar o risco de glaucoma, uma doença silenciosa que danifica o nervo óptico e pode levar à perda irreversível da visão.
- Degeneração macular relacionada à idade (DMRI): A falta de proteção antioxidante promovida pelo estrogênio pode favorecer alterações na retina, especialmente na mácula, região responsável pela visão central e detalhada. Mulheres pós-menopausa têm risco aumentado para essa condição.
- Retinopatia hipertensiva ou diabética: A menopausa pode coincidir com o desenvolvimento de hipertensão ou diabetes tipo 2, que também são fatores de risco para doenças na retina.
Essas doenças, quando detectadas precocemente, podem ser controladas de maneira eficaz. Por isso, é fundamental realizar exames oftalmológicos regulares, especialmente a partir dos 40 anos.
Cuidados e hábitos para manter a saúde ocular na menopausa
Apesar do impacto causado pelas alterações hormonais, é possível preservar a saúde dos olhos durante a menopausa com a adoção de cuidados simples e mudanças de hábitos.
Confira algumas dicas importantes para se colocar em prática:
Hidratação ocular
Utilize colírios lubrificantes (lágrimas artificiais) recomendados por um oftalmologista e evite ambientes muito secos ou com ar-condicionado sem umidificação. Também lembre-se de piscar com frequência, especialmente ao usar telas por muito tempo.
Alimentação rica em antioxidantes
Consuma alimentos ricos em vitamina A, vitamina C, vitamina E, ômega-3 e zinco. Para isso, inclua no cardápio frutas cítricas, vegetais verde-escuros, peixes como salmão e sardinha, castanhas e sementes, pois os antioxidantes ajudam a proteger as células oculares contra os danos causados pelos radicais livres.
Uso de óculos com proteção UV
Utilize óculos escuros com proteção contra raios UVA e UVB sempre que estiver ao ar livre, pois a radiação solar acelera o envelhecimento ocular e aumenta o risco de catarata e degeneração macular.
Acompanhamento com ginecologista ou endocrinologista
Converse com seu médico sobre a possibilidade de terapia de reposição hormonal, que pode ajudar a controlar os sintomas da menopausa, incluindo os efeitos sobre os olhos. Além disso, monitore regularmente os níveis de hormônios e discuta alternativas naturais ou medicamentosas para aliviar os sintomas.
Prática de atividades físicas regulares
O exercício físico melhora a circulação sanguínea, inclusive na região ocular, além de auxiliar no controle de condições como hipertensão e diabetes.
Evitar tabagismo e consumo excessivo de álcool
Enquanto o cigarro aumenta o risco de doenças oculares degenerativas e reduz a lubrificação ocular, o álcool em excesso pode contribuir para o ressecamento e inflamações oculares.
Exames oftalmológicos regulares
Agende exames de vista completos pelo menos uma vez por ano, ou com maior frequência em caso de sintomas ou histórico familiar de doenças oculares. Testes como tonometria (para medir a pressão intraocular), mapeamento de retina e avaliação da superfície ocular ajudam a detectar alterações precoces.
Conclusão: a importância do acompanhamento oftalmológico na menopausa
A menopausa é uma fase de grandes transformações no corpo feminino — e a saúde dos olhos não deve ser negligenciada nesse processo. Os sintomas visuais como olho seco, visão embaçada e sensibilidade à luz são comuns, mas podem ser controlados com os cuidados certos e acompanhamento profissional.
Além disso, essa etapa da vida pode trazer consigo riscos aumentados para doenças como catarata, glaucoma e degeneração macular. Por isso, manter consultas oftalmológicas regulares é essencial para identificar precocemente qualquer alteração e preservar a qualidade da visão.
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