Problemas oculares e dislexia: qual a relação?

Homem frustrado com livro na cabeça.

Apesar de ser um transtorno genético, com origem neurobiológica, a dislexia é um problema que afeta principalmente a leitura e a escrita e, por isso, exige também atenção aos olhos.

Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, esse distúrbio de aprendizagem pode atingir até 17% da população mundial, sendo diagnosticado com mais frequência na fase de alfabetização, ainda que também possa ser detectada em pessoas adultas.

Neste artigo, você vai entender mais sobre a dislexia e qual sua relação com problemas oculares.

Acompanhe!

 

Afinal, o que é dislexia?

Ilustração de alguém lendo com letras voando.

A dislexia é um transtorno de aprendizagem, que afeta principalmente as habilidades de leitura e escrita e, por consequência, a linguagem e compreensão de texto. O distúrbio genético tem origem neurobiológica, e segundo a Associação Brasileira de Dislexia, atinge entre 5% e 17% da população mundial.

Na maioria das vezes, a dislexia é diagnosticada ainda nos primeiros anos de vida, ou seja, na alfabetização, mas também pode ser detectada em adultos. 

O transtorno é dividido em três graus: leve, moderado e severo. A diferenciação se dá com base no nível de dificuldade que a pessoa apresenta.

É importante ressaltar que o distúrbio não está relacionado à inteligência da criança ou adulto, mas sim no processamento da linguagem.

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Sintomas da dislexia

Os sintomas da dislexia variam de acordo com a idade e devem ser observados desde a primeira infância, assim como na fase escolar e adulta. Dessa forma, os principais sinais do distúrbio são: 

  • Falta de atenção;
  • Atraso no desenvolvimento da fala e linguagem;
  • Atraso na coordenação motora;
  • Dificuldade de leitura e escrita;
  • Dificuldade em copiar de livros e do quadro durante as aulas;
  • Dificuldade para ler em voz alta;
  • Dificuldade para compreender textos;
  • Baixa autoestima;
  • Desorganização;
  • Demorar para ler um texto ou livro;
  • Pular o final das palavras, durante a leitura;
  • Dificuldade em seguir orientações;
  • Dificuldade para fazer cálculos mentais;
  • Necessidade de reler o mesmo texto repetidas vezes;
  • Confundir números de telefone e instruções;
  • Dificuldade na gestão de tempo e atividades.

 

Tipos de dislexia

A dislexia é geralmente classificada em três subtipos:

  • Auditiva (ou disfonética): é a dificuldade na percepção dos sons, principalmente relacionados à conexão entre as letras faladas e suas representações escritas, o que afeta a leitura e a compreensão de textos.
  • Visual (ou diseidética): é a dificuldade de diferenciar os lados esquerdo e direito, o que causa problemas em reconhecer palavras em forma visual e resulta em trocas, inversões ou distorções das letras, causando erros de escrita e dificuldade na leitura.
  • Mista: é a junção de dois ou mais tipos de dislexia. A pessoa pode apresentar, por exemplo, dificuldades visuais e auditivas ao mesmo tempo.

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Problemas oculares e dislexia: qual a relação?

Homem levantando óculos para ler livro.

A dislexia é associada a problemas neurobiológicos. Isso significa que a dificuldade na leitura, escrita, compreensão de textos e até mesmo na fala tem origem em fatores genéticos, neurológicos e neurocognitivos.

No entanto, um recente estudo publicado na revista inglesa Proceedings of the Royal Society B sugere que a causa da dislexia poderia estar em problemas oculares. A pesquisa, feita com 30 estudantes, detectou que o grupo que possui o transtorno tem diferenças na forma e nos mecanismos de células oculares receptoras de luz.

Enquanto as pessoas não disléxicas possuem células receptoras de luz assimétricas nos dois olhos, nos indivíduos com dislexia essas células são simétricas. 

O transtorno acontece porque, normalmente, o cérebro sempre tem um olho dominante, que é utilizado ao se ler uma palavra, ao passo que o outro olho ajuda a fazer o reconhecimento. Nas pessoas disléxicas os dois olhos são dominantes e isso seria o motivo da confusão no momento de identificar letras e palavras.

Dessa forma, os pesquisadores acreditam que o diagnóstico da dislexia, tanto em crianças quanto em adultos, poderá – no futuro – ser realizado a partir da observação dos olhos.

 

Como tratar a dislexia?

Garoto estudando.

É fundamental que tanto o diagnóstico quanto o tratamento da dislexia sejam realizados de forma precoce, pois dessa forma é possível maximizar o desenvolvimento da pessoa a partir de suas limitações e também evitar rótulos depreciativos que possam afetar sua autoestima.

 

Diagnóstico da dislexia

O diagnóstico da dislexia, geralmente, é feito por uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais da neuropsicologia, fonoaudiologia, psicopedagogia, neurologia e neuropediatria. Isso porque a descoberta do transtorno acontece por meio da exclusão, já que é necessário realizar testes específicos para descartar deficiências visuais ou auditivas.

Da mesma forma, questionários podem ser aplicados aos pais, professores e pessoas próximas ao possível paciente, a fim de detectar problemas emocionais, psicológicos e socioeconômicos que podem ser a causa da dificuldade em aprender.

Uma vez confirmado o diagnóstico, a equipe é capaz de classificar o grau da dislexia e dar início ao tratamento.

 

Tratamento da dislexia

É preciso salientar que a dislexia não é uma doença e, portanto, não teria cura. Assim, da mesma forma que acontece no diagnóstico, o tratamento do distúrbio também deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar.

Isso porque o cuidado com a pessoa disléxica vai muito além do desenvolvimento das habilidades de leitura, escrita e interpretação. É necessário também realizar o acompanhamento desse paciente, a fim de ajudá-lo a lidar com as pressões socioambientais e com suas próprias emoções, e assim superar todos os desafios que a vida irá lhe apresentar.

Em muitos casos, a pessoa com dislexia é capaz de desenvolver estratégias eficientes para enfrentar suas dificuldades de aprendizado e relacionamento. Mas o apoio de profissionais de saúde especializados e o suporte emocional podem fazer uma diferença significativa na vida dos portadores desse transtorno, capacitando-os a alcançar todo o seu potencial.

Da mesma forma, é essencial que a pessoa com dislexia mantenha um acompanhamento regular com o oftalmologista, afinal, o distúrbio tem relação com a leitura e é importante tratar possíveis problemas oculares que possam dificultar ainda mais o ato de ler.

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