As pupilas desempenham um papel muito importante na regulação da entrada de luz nos olhos, pois ajustam-se constantemente para otimizar a visão.
No entanto, em algumas situações, elas podem se dilatar de maneira excessiva, um fenômeno conhecido como midríase. Essa condição pode ocorrer de forma natural ou ser um sinal de alerta para problemas de saúde que necessitam de cuidado.
Neste artigo, você vai entender o que são pupilas midriáticas, quais são suas causas naturais e patológicas, além dos exames oftalmológicos necessários para a avaliação do problema.
O que significa ter pupilas midriáticas?
Pupilas midriáticas, ou midríase, é a dilatação anormal ou exagerada das pupilas, que pode afetar um ou ambos os olhos e resulta da ação do sistema nervoso simpático, que controla a resposta do corpo a estímulos externos.
Em uma pessoa que não apresenta qualquer problema, a midríase aparecerá, por exemplo, todas as vezes em que estiver em um ambiente com pouca iluminação.
Isso acontece porque nossos olhos têm a capacidade de se adaptar à luz do ambiente, sempre buscando enxergar com o máximo de nitidez possível.
Um exemplo disso ocorre quando a luz de algum cômodo está acesa e subitamente se apaga, deixando a sensação de que não estamos vendo nada.
Em alguns instantes, o cenário muda e passamos a enxergar melhor, pois a pupila se dilata o suficiente para que a luz entre e permita a assimilação e formação de imagens. Esse fenômeno é conhecido como midríase fisiológica.
No entanto, nem sempre a dilatação da pupila é resultado de um estímulo normal, mas sim de condições médicas ou uso de substâncias químicas. Nesses casos, a chamada midríase patológica pode ser um indicativo de doenças neurológicas, traumatismos oculares ou intoxicações.
Dessa forma, se a pupila permanece dilatada sem resposta adequada à luz, pode ser um sinal de alerta para condições médicas que necessitam de uma avaliação oftalmológica especializada.

Causas naturais da dilatação pupilar
Como vimos acima, em muitas situações a dilatação das pupilas ocorre como resposta natural do organismo a determinados estímulos. Entre as principais causas fisiológicas, podemos destacar:
- Ambientes escuros: As pupilas se dilatam automaticamente para permitir a entrada de mais luz e melhorar a visão no escuro.
- Emoções intensas: Sentimentos como medo, excitação e surpresa podem estimular a liberação de adrenalina e levar à dilatação das pupilas.
- Uso de colírios oftalmológicos: Alguns colírios, como aqueles usados em exames oftalmológicos para dilatar as pupilas, podem provocar midríase temporária.
É importante ressaltar que esses fatores são comuns e não indicam problemas de saúde. No entanto, se a dilatação persistir sem motivo aparente, é preciso investigar outras causas.
Veja também: Enjoo constante e visão: qual é a relação?
Doenças e condições médicas associadas à midríase
Quando a dilatação da pupila não ocorre por causas naturais, pode ser um sintoma de alguma condição médica mais séria, uma vez que algumas doenças e distúrbios neurológicos podem afetar os músculos que controlam a pupila, resultando em midríase anormal.
Algumas das principais doenças associadas ao problema são:
Traumas oculares
Lesões nos olhos podem danificar os nervos que controlam a pupila, impedindo que ela volte ao tamanho normal. Golpes, cirurgias oculares ou acidentes envolvendo substâncias químicas são exemplos de fatores que podem levar à midríase permanente.
Acidente Vascular Cerebral (AVC)
A dilatação assimétrica das pupilas pode ser um sinal de AVC, especialmente quando acompanhada de outros sintomas como fraqueza, dormência em um lado do corpo, dificuldade para falar e tontura. É importante lembrar que o AVC é uma emergência médica que exige atendimento imediato.
Enxaqueca
Algumas pessoas com enxaqueca apresentam midríase durante uma crise, especialmente quando associada à enxaqueca com aura. Isso ocorre devido a alterações no sistema nervoso que afetam a resposta das pupilas à luz.
Paralisia do terceiro nervo craniano
O terceiro nervo craniano controla o movimento da pupila e da pálpebra. Se ele for afetado por uma compressão ou inflamação, pode causar midríase unilateral, queda da pálpebra (ptose) e dificuldades na movimentação ocular.
Síndrome de Adie
Essa condição neurológica rara causa uma resposta pupilar lenta ou ausente à luz. Geralmente, afeta apenas um olho e pode estar associada a reflexos musculares anormais nos membros.
Lesões no cérebro
Traumas cranianos podem afetar o nervo oculomotor, impedindo que a pupila se contraia corretamente. Em casos graves, pode ser um sinal de aumento da pressão intracraniana.
Uso de medicamentos e drogas que causam dilatação pupilar
A utilização de certos tipos de medicamentos também pode interferir no tamanho das pupilas e provocar midríase temporária.
Entre as substâncias que costumam causar esse efeito, estão os remédios antidepressivos tricíclicos e inibidores da recaptação de serotonina (como fluoxetina e amitriptilina), que afetam os neurotransmissores responsáveis pela contração da pupila.
Anestésicos e relaxantes musculares utilizados em procedimentos cirúrgicos também podem dilatar as pupilas temporariamente, assim como medicamentos para alergia e resfriado contendo anticolinérgicos.
Além disso, um dos principais sintomas físicos apresentados por pessoas que fazem uso de drogas ilícitas, como cocaína, LSD, ecstasy e anfetaminas, é a dilatação excessiva das pupilas.
A razão para isso é que esses entorpecentes agem diretamente no sistema nervoso e afetam a resposta natural aos estímulos, que se torna geralmente aumentada.
Se você faz uso de algum medicamento e notar suas pupilas dilatadas de forma persistente, informe seu médico o quanto antes. Em alguns casos, pode ser necessário ajustar a dosagem ou substituir o remédio.
Quando a midríase pode ser um sinal de alerta?
Ainda que a midríase possa ser inofensiva, há casos em que indica um problema de saúde grave. Se a dilatação das pupilas vier acompanhada dos seguintes sinais, é essencial procurar ajuda médica imediatamente:
- Visão turva ou dupla
- Dor de cabeça intensa e repentina
- Sensibilidade extrema à luz
- Confusão mental ou dificuldade para falar
- Fraqueza ou dormência em um lado do corpo
- Tontura ou perda de equilíbrio
Nessas situações, uma avaliação rápida é fundamental para diagnosticar possíveis condições neurológicas sérias, como AVC ou lesões cerebrais.
Exames oftalmológicos para investigar a midríase
Quando há suspeita de uma causa patológica para a midríase, o oftalmologista costuma solicitar uma série de exames para avaliar a saúde ocular e neurológica do paciente.
Entre os principais exames utilizados para isso está o teste de reflexo pupilar, que avalia a resposta da pupila à luz para detectar possíveis disfunções nervosas, e a fundoscopia, que permite examinar o fundo do olho e identificar possíveis danos ao nervo óptico.
Em casos suspeitos de problemas neurológicos, o médico pode solicitar exames como tomografia computadorizada e ressonância magnética, pois são capazes de fornecer imagens nítidas do cérebro.
Exames de sangue e toxicológicos também podem ser solicitados para verificar a presença de drogas ou substâncias que afetam as pupilas.
Como vimos no artigo, a dilatação das pupilas pode ter diversas causas, desde reações normais do organismo a estímulos externos até condições médicas graves.
Ficar atento aos sintomas associados e reconhecer os sinais de alerta é fundamental para buscar atendimento médico e identificar qualquer problema de forma precoce.
Se você percebeu mudanças no tamanho das suas pupilas sem uma explicação clara, consulte um oftalmologista para que seja feita uma investigação detalhada do seu caso e você possa receber um diagnóstico preciso.
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