Localizada no fundo do globo ocular, a retina é uma das estruturas mais importantes do olho humano, pois tem a função de captar luz e transformá-la em impulsos elétricos que são enviados ao cérebro, onde se formam as imagens que vemos.
Qualquer alteração nessa delicada estrutura pode comprometer seriamente a visão, muitas vezes de forma silenciosa e irreversível.
Por isso, os exames que avaliam a retina têm papel essencial na prevenção e no diagnóstico precoce de doenças oculares.
Neste artigo, você vai descobrir quais exames detectam doenças da retina, além de entender a importância do mapeamento de retina e do OCT para a saúde dos seus olhos.
Acompanhe!
Por que a retina merece tanta atenção?
A retina é uma fina camada de tecido nervoso localizada no fundo do olho, que atua como uma “tela de projeção”.
Ela é responsável por captar a luz que entra pelos olhos e convertê-la em sinais elétricos que seguem para o cérebro pelo nervo óptico. É esse processo que torna possível a formação das imagens que enxergamos.
Como essa estrutura é extremamente sensível e vital para o processo de visão, qualquer alteração ou lesão pode comprometer a percepção visual.
O mais preocupante é que muitas doenças da retina não causam dor e, muitas vezes, não provocam sintomas nos estágios iniciais, o que significa que a pessoa pode estar perdendo visão sem notar.
Por isso é essencial realizar exames preventivos, que são capazes de detectar problemas antes que a visão seja comprometida de forma definitiva.

Doenças silenciosas que afetam a retina
Algumas doenças que acometem a retina podem progredir lentamente e comprometer a visão sem causar incômodo imediato. Veja algumas das principais condições:
- Retinopatia diabética: complicação do diabetes que danifica os vasos sanguíneos da retina e pode causar hemorragias, inchaço e perda visual progressiva.
- Degeneração macular relacionada à idade (DMRI): afeta a mácula, região central da retina, comprometendo a visão central e dificultando atividades como leitura e reconhecimento de rostos.
- Descolamento de retina: situação de emergência na qual a retina se desprende da parede ocular, podendo levar à cegueira se não for tratada rapidamente.
- Trombose venosa da retina: ocorre quando há obstrução de uma veia da retina, o que prejudica o fluxo sanguíneo e provoca inchaço e perda visual súbita.
Mapeamento de retina: quando é indicado?
O mapeamento de retina, também conhecido como exame de fundo de olho ou fundoscopia, é um dos exames oftalmológicos mais importantes para avaliar a saúde da retina.
Com ele, é possível observar, de forma detalhada, as estruturas do fundo do olho, como a mácula, os vasos sanguíneos e o nervo óptico.
Trata-se de um exame simples, rápido e indolor. O paciente recebe colírios que dilatam a pupila, o que pode provocar visão embaçada e sensibilidade à luz por algumas horas.
Com a pupila dilatada, o oftalmologista utiliza um aparelho chamado oftalmoscópio para a visualização da retina. O paciente deve manter os olhos abertos e fixar o olhar em um ponto, enquanto o médico examina diferentes áreas do fundo do olho.
Alguns grupos de pacientes devem fazer o mapeamento de retina com mais frequência, mesmo que não apresentem sintomas, como:
- Pacientes diabéticos: o rastreamento anual ajuda a detectar precocemente a retinopatia diabética.
- Idosos: é comum o aparecimento de alterações como degeneração macular e trombose venosa após os 60 anos.
- Pessoas com alta miopia: quanto maior o grau de miopia, maior o risco de alterações retinianas, como descolamento de retina.
- Pacientes com histórico familiar de doenças oculares: a hereditariedade pode influenciar no risco de doenças retinianas.
- Sintomas visuais inexplicáveis: visão turva, distorcida ou com manchas requerem investigação retiniana.
OCT: o que é e o que ele revela
Considerado um dos métodos mais avançados para avaliação detalhada das estruturas oculares, a Tomografia de Coerência Óptica (OCT, na sigla em inglês) é um exame de imagem que permite visualizar a retina em cortes transversais de alta definição, quase como se fosse uma “ultrassonografia com luz”.
Com ele, é possível identificar alterações em diferentes camadas da retina com precisão milimétrica, especialmente a mácula, região central responsável pela visão de detalhes.
Para fazer o exame, que dura poucos minutos e não provoca dor, o paciente apoia o queixo e a testa em um equipamento semelhante a uma câmera fotográfica.
Então, a máquina emite feixes de luz infravermelha que capturam imagens detalhadas da retina, sem a necessidade de contato direto com o olho ou uso de contraste (em grande parte dos casos).
A grande vantagem da OCT é a sua capacidade de detectar alterações microscópicas na retina, mesmo antes que elas se tornem visíveis ao mapeamento tradicional.
Entre as condições que podem ser investigadas com o exame, estão degeneração macular (com presença de líquido ou alterações estruturais), edema macular (inchaço da mácula, comum na retinopatia diabética), membrana epirretiniana, buraco macular, descolamento seroso da retina e glaucoma (avaliação da espessura da camada de fibras nervosas).
Quais são os sinais de alerta que indicam que é hora de investigar?
Nem todas as doenças da retina apresentam sintomas no início, mas alguns sinais podem indicar que algo está errado e que uma avaliação oftalmológica com exames complementares deve ser feita o quanto antes.
Fique atento aos seguintes sintomas:
- Flashes de luz (fotopsias): sensação de clarões súbitos, principalmente em ambientes escuros.
- Manchas escuras no campo de visão (escotomas): áreas embaçadas ou com sombra.
- Visão distorcida (metamorfopsia): linhas retas parecem tortas, objetos parecem deformados.
- Perda súbita da visão periférica: como se uma cortina escura estivesse se fechando.
- Diminuição progressiva da visão central: dificuldade para ler, reconhecer rostos ou enxergar detalhes.
- Visão embaçada sem causa aparente: que persiste mesmo com correção visual.
Se você apresentar qualquer um desses sintomas, procure um oftalmologista imediatamente. O diagnóstico precoce pode ser decisivo para preservar a visão.
Com que frequência devo realizar os exames de retina?
A frequência dos exames de retina depende de fatores como idade, histórico familiar e presença de doenças crônicas. Veja abaixo algumas recomendações gerais:
Adultos sem sintomas ou doenças oculares conhecidas:
- Até os 40 anos, realizar exames oftalmológicos a cada 2 anos.
- Entre 40 e 60 anos, uma vez por ano, pois aumenta o risco de glaucoma e degeneração macular.
- Acima de 60 anos, avaliações anuais com exames de fundo de olho e, se indicado, OCT.
Pessoas com fatores de risco:
- Diabetes tipo 1 ou 2: o mapeamento de retina deve ser feito anualmente, desde o diagnóstico.
- Alta miopia (mais de 6 graus): exames frequentes, geralmente anuais, mesmo na ausência de sintomas.
- Hipertensos e pacientes com colesterol alto: rastreio periódico, já que essas condições afetam os vasos da retina.
- Histórico familiar de doenças oculares: exames anuais, mesmo na ausência de sintomas.
Em todos os casos, o médico oftalmologista é quem irá determinar a periodicidade ideal com base nas características individuais do paciente.
A importância do diagnóstico precoce para evitar a perda visual
A maioria das doenças que afetam a retina pode ser controlada (ou até mesmo evitada) se for detectada em seus estágios iniciais.
O problema é que muitos pacientes só procuram ajuda quando a visão já está comprometida, o que limita as possibilidades de tratamento.
O diagnóstico precoce, aliado a exames modernos como o mapeamento de retina e a tomografia de coerência óptica (OCT), é a chave para preservar a saúde ocular.
Com esses recursos, o oftalmologista pode identificar alterações microscópicas, iniciar intervenções antes do aparecimento de sintomas e acompanhar a evolução das doenças com precisão.
Por isso, incluir a avaliação da retina nos seus exames oftalmológicos de rotina é um investimento essencial na sua qualidade de vida.
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